Água contaminada?

Longe vão os tempos em que o povo se juntava à volta da "bica" de água para se abastecer para todas as lides caseiras.
Actualmente, a água chega comodamente às torneiras de nossas casas e dali directamente consumida. A garantia de qualidade e purificação da água é da responsabilidade da companhia que rege este serviço. Apesar deste controlo técnico o "sabor" da água que verte das torneiras nem sempre agrada a todos, pelo que nos socorremos das águas engarrafadas e da água das "bicas" que existem por aí. Para além de ficar mais barato ao consumidor, por que não paga esta água, geralmente tem uma leveza mais agradável ao paladar, daí uma procura em larga escala.

Em Alpendorada, existem várias fontes de água onde a população se abastece com regularidade há bastantes anos; por exemplo, a fonte do Mosteiro de Alpendorada, a da estrada da barragem, a do Memorial, a do Estádio Municipal, etc..
Até hoje, nunca verifiquei qualquer informação, junto destas fontes, a certificar a qualidade da água que jorra a céu aberto. Quando temos uma água a ser utilizada de um furo, poço ou mina, temos de saber se é potável. É necessário fazer uma análise bacteriológica e físico química.

A análise bacteriológica informa-nos da potabilidade de uma água do ponto de vista microbiológico, identificando e quantificando as bactérias eventualmente presentes. A análise fisico-química vai identificar e quantificar os sais presentes e eventuais contaminantes mais vulgares, tais como os nitratos e nitritos. Na posse destas análises é conveniente conhecer a instalação desde a captação até à distribuição por forma a ser estudada a mais conveniente localização para eventuais equipamentos de tratamento de água.

É da responsabilidade das Câmara Municipais e das Juntas de Freguesia garantir que a água é ou não própria para consumo, através do controlo e vigilância previstos na lei e pelas normas específicas como medida de prevenção e promoção da saúde.